Os números são do Escritório Nacional de Estatísticas do governo britânico e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Impulsionada pelo valor dos alimentos, a inflação no Reino Unido está maior que no Brasil. O resultado aparece na comparação entre os dados oficiais dos governos dos dois países sobre a variação de preços em setembro comparada com 12 meses antes.
Segundo o governo britânico, o Índice de Preços ao Consumidor, incluindo os custos de habitação dos ocupantes proprietários, fechou em 8,8% para 12 meses. Em igual intervalo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), mensurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, ficou em: 7,17%. Ou seja: 1,6 ponto porcentual menor.
Desse modo, a inflação no Reino Unido voltou ao nível de julho deste ano, o recorde da série histórica do Escritório Nacional de Estatísticas do governo britânico. As maiores contribuições “vieram de habitação e serviços domésticos (principalmente eletricidade, gás e outros combustíveis e despesas de habitação dos ocupantes proprietários), alimentação e bebidas não alcoólicas e transportes (principalmente combustíveis)”, informou o órgão.
Quando a comparação é feita com o Índice Preços ao Consumidor britânico sem os custos de habitação dos proprietários ocupantes, a alta chega 10,1%. Novamente, o mesmo valor de julho. Além disso, esse número está quase 3 pontos porcentuais acima do brasileiro IPCA.
A variação de preços do Brasil também é maior que a dos Estados Unidos (8,2%) e Alemanha (10%) para o mesmo período. Os produtos internos brutos (PIB) desses dois países devem ter crescer menor que o do Brasil em 2022.
De acordo com o Fundo Monetário Internacional, o PIB brasileiro deve ter 2,8% de alta neste ano. Ao mesmo tempo, as economias norte-americana e alemã crescerão 1,6% e 1,5%, respectivamente.