Foto: Reprodução/Redes Sociais
Ambos eram opositores do PT em suas cidades. Os crimes chocam e geram temores de motivações políticas por trás dos assassinatos de opositores do PT no estado do Ceará.
Dois membros do Partido Liberal (PL) foram executados em menos de 48 horas no estado do Ceará. O primeiro, o vereador Erasmo Morais, foi alvejado por disparos de fuzil em frente à sua residência, na cidade de Crato. Até o momento, ninguém foi detido, e a motivação do crime permanece desconhecida.
Segundo relatos de testemunhas, dois indivíduos desembarcaram de uma caminhonete branca e abriram fogo contra o vereador, antes de fugirem do local. No entanto, a perícia constatou a presença de 47 estojos de munição (36 de fuzil e 11 de pistola) espalhados pelo chão. O deputado federal André Fernandes afirmou que Erasmo Morais era o único representante político da cidade que fazia oposição à gestão do Partido dos Trabalhadores (PT) local.
Erasmo já havia manifestado preocupações quanto à sua segurança durante uma sessão na Câmara Municipal do Crato, insinuando que qualquer incidente subsequente a suas denúncias seria de cunho político.
O segundo político assassinado foi o sargento da Polícia Militar Geilson Pereira Lima, também filiado ao PL, suplente de deputado estadual e pré-candidato a vereador em Icó. Ele foi alvejado dentro de um frigorífico na cidade de Icó. Geilson estava afastado de suas funções devido a questões de saúde.
Na terça-feira (07/05), o vereador Erasmo Morais foi brutalmente assassinado com mais de 45 tiros em frente à sua residência. Ex-policial militar, ele deixou registrado em vídeo dias antes do crime que, se algo lhe acontecesse, a motivação seria política. “Estejam atentos, porque estou mexendo com gente poderosa, estou mexendo com um vespeiro, estou mexendo com formigueiro. E se algo me acontecer, não busquem outras linhas de investigação: foram questões políticas”, alertou ele.
Na quinta-feira (09/05), ocorreu o segundo crime, quando o vereador Sargento Geilson foi assassinado dentro de um frigorífico em Icó. Geilson Pereira Lima, suplente de deputado estadual e 2º sargento da PMCE, estava afastado de suas funções por motivos de saúde. Curiosamente, Geilson também havia gravado um vídeo antecipando possíveis represálias devido às suas denúncias de corrupção. Ele revelou receber ameaças ligadas à administração da prefeita Laís Nunes (PT).
As gravações foram divulgadas pelo deputado federal André Fernandes (PL-CE), que demonstrou grande consternação. Ele instou uma investigação rápida e imparcial sobre ambos os casos, sem envolvimento político. Fernandes questionou as motivações por trás dos assassinatos e expressou sua indignação pelo pouco destaque nacional dado aos eventos.
Com informações de Revista Exílio