Foto: Paulo Pinto/Fotos Pública
Nesta terça-feira, 27, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que mantém sua posição crítica em relação às ações de Israel na Faixa de Gaza, destacando que não sente arrependimento por suas declarações. As observações do líder brasileiro geraram uma crise diplomática entre os governos brasileiro e israelense.
Segundo Lula, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deseja acabar com os palestinos na Faixa de Gaza de maneira efetiva e que é hipocrisia ele acreditar que “uma morte é diferente da outra”.
A afirmação foi feita pelo petista em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, da Rede TV!, que irá ao ar na íntegra na noite desta terça-feira a partir das 22h. O presidente também enfatizou que não utilizou o termo “holocausto” para se referir aos ataques de Israel na Faixa de Gaza, mas que ele “não esperava que o governo de Israel fosse compreender”.
“O governo de Israel quer efetivamente acabar com os palestinos na Faixa de Gaza. É isso. É exterminar aquele espaço territorial com o povo palestino para que eles ocupem”, respondeu Lula ao jornalista. A fala de Lula que causou desconforto nas relações com o governo israelense foi feita no dia 18 de fevereiro durante a 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana na Etiópia.
Durante o evento, o presidente não apenas expressou críticas em relação a Israel, mas também ressaltou o respaldo do governo brasileiro à criação de um Estado palestino. Ele observou que a situação na Faixa de Gaza, com o povo palestino, é única na história, comparando-a a momentos passados, como quando Hitler tomou a decisão de exterminar os judeus. Netanyahu condenou veementemente o comentário de Lula, considerando o posicionamento do líder brasileiro como “vergonhoso”.
O chanceler israelense, Israel Katz, declarou que Lula se tornou uma “persona non grata” no país e exigiu um pedido de desculpas, caso contrário, o ex-presidente não seria mais bem-vindo em território israelense.
Com informações de Jovem Pan News