Foto: Reprodução/Facebook @Donald J. Trump – 4.nov.2024
A equipe do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, já se prepara para iniciar negociações com o governo de Joe Biden sobre um possível “acordo” entre a Ucrânia e a Rússia, revelou, neste domingo (24), Mike Waltz, futuro assessor de segurança nacional da Casa Branca. O temor dos europeus é grande: desde a eleição de Trump, em 5 de novembro, cresce o receio de que os Estados Unidos venham a pressionar por um acordo que prejudique a Ucrânia e favoreça a Rússia.
“O presidente Trump tem sido muito claro sobre a necessidade de pôr fim a este conflito. O que temos que discutir é quem vai estar ao redor da mesa, se é um acordo, um armistício, como conseguimos que ambas as partes se sentem ao redor da mesa e qual será o marco para um acordo”, disse Waltz à Fox News, canal favorito dos conservadores. “Vamos trabalhar nisso com esta administração até janeiro e seguiremos depois”, completou, reforçando o compromisso de sua equipe em negociar a paz.
Waltz, nomeado para o cargo estratégico de assessor de segurança nacional, também afirmou que “nossos oponentes, que pensam que esta é uma oportunidade para confrontar uma administração com a outra, se enganam”. Ele destacou ainda a “preocupação” da equipe de Trump com a atual “escalada” do conflito e deixou claro que a proposta não é uma negociação puramente política, mas uma tentativa real de encerrar a guerra.
As críticas à política de Biden têm sido duras no círculo próximo de Trump. Um dos pontos mais polêmicos foi a decisão de Biden de permitir que a Ucrânia atacasse o território russo com mísseis de longo alcance fabricados nos Estados Unidos. Durante sua campanha, Trump já demonstrou ceticismo em relação aos bilhões de dólares que o governo Biden enviou à Ucrânia desde o início da invasão russa, em 2022, e prometeu encerrar a guerra rapidamente, sem detalhar como isso seria feito.
Analistas veem em Waltz e Marco Rubio, que estará à frente da diplomacia, uma dupla de falcões, reforçando a imagem de um governo que adotará uma linha dura na segurança nacional. Trump, por sua vez, apresentou Waltz, ex-oficial das forças especiais, como um “especialista nas ameaças que representam China, Rússia, Irã e o terrorismo mundial”.
Com informações de Exame
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